Nascido em Bernardino de Campos, interior de São Paulo, Walcyr Carrasco começou sua carreira como jornalista nos principais veículos de imprensa até se tornar um autor de livros e peças de teatro. Ao todo foram 31 livros publicados, 6 peças, 11 novelas, além de 3 seriados e 3 minisséries.
Seu primeiro sucesso nos palcos foi com a peça “Batom”, que inclusive lançou a atriz Ana Paula Arósio. Outra descoberta do autor foi a atriz Taís Araujo, que na novela “Xica da Silva” exibida pela extinta TV Manchete, com apenas 17 anos, deu vida a personagem-título.
Na Globo, sua estreia aconteceu no horário das seis em “O Cravo e a Rosa”. Devido a este sucesso, Walcyr emplacou mais três novelas de época. Em 2007, já na faixa das sete, o autor apostou em uma trama urbana e contemporânea, com “Sete Pecados”.
Após dois anos, Walcyr retorna ao horário com uma trama leve, regada de muito humor para contar uma história de amor. “Caras & Bocas” traz mais uma vez a “dobradinha” do autor com o amigo e diretor geral Jorge Fernando.
Seu primeiro sucesso nos palcos foi com a peça “Batom”, que inclusive lançou a atriz Ana Paula Arósio. Outra descoberta do autor foi a atriz Taís Araujo, que na novela “Xica da Silva” exibida pela extinta TV Manchete, com apenas 17 anos, deu vida a personagem-título.
Na Globo, sua estreia aconteceu no horário das seis em “O Cravo e a Rosa”. Devido a este sucesso, Walcyr emplacou mais três novelas de época. Em 2007, já na faixa das sete, o autor apostou em uma trama urbana e contemporânea, com “Sete Pecados”.
Após dois anos, Walcyr retorna ao horário com uma trama leve, regada de muito humor para contar uma história de amor. “Caras & Bocas” traz mais uma vez a “dobradinha” do autor com o amigo e diretor geral Jorge Fernando.
Eduardo Após essa transição de uma emissora para a outra, começou no SBT, passou pela extinta TV Manchete, e agora na Rede Globo, você se tornou um dos principais autores de novelas no cenário artístico atual. A estrutura de uma emissora pode alterar na criação do autor, em relação a investimentos, custos, escalações, por exemplo?
Walcyr - Sem dúvida. Cada emissora tem um projeto de programação, e isso define os rumos pedidos ao autor. E também é um privilégio hoje, trabalhar na Globo, com o elenco que ela tem, de primeira linha e um nível de investimentos altíssimos. Isso permite claro, realizar as idéias mais malucas como as cenas na África dos primeiros capítulos de “Caras & Bocas”.
E. Seu estilo é marcado por tramas leves, engraçadas e que atingem profundamente o coração de quem assiste, assim como outros autores que mantém particularmente seus estilos. Você se definiria como um autor de comédias românticas?
W.C - Bem, eu sei escrever comédias românticas, mas não só. Escrevi melodrama (e gosto) e “Xica da Silva”, por exemplo, era uma novela ousada, violenta. Até nos meus livros também vario os gêneros.
E. No livro “Anjo de Quatro Patas”, você conta da importância da amizade com um cão após sofrer a perda de uma pessoa especial, além das novas tentativas de conectar-se com o mundo de novo. Em suas novelas, você usa suas experiências de vida em personagens? Existe um pouco de Walcyr em alguns deles?
W.C - Eu acredito que o autor se coloca em todos os personagens. Há uma história interessante a respeito disso. Uma vez lendo meu mapa astral descobriu-se que tenho uma estrela em tal posição que determina “a capacidade de planejar crimes violentos”. Bem, os astrólogos levaram o maior susto, porque poderiam estar diante de um serial killer. Mas de fato, isso é uma vantagem para o autor, porque um escritor precisa planejar crimes, inclusive. Mas só no papel! Digo isso porque até mesmo o lado do vilão, eu tenho dentro de mim. Só que canalizo para os textos.
E. “Caras e Bocas” caiu na graça do público em pouco mais de um mês desde sua estreia. A intuição do autor é importante quanto ao rumo de sua história, mas a opinião pública assim como a audiência, chega influenciar?
W.C - O fundamental é a intuição do autor. Claro que a do público conta. Mas só quando o autor consegue absorve-la, colocá-la dentro de sim mesmo, e a transformar em um impulso criativo.
E. Por último, como funciona a parceria com a autora Claudia Souto, que escreve também a novela?
W.C - É uma relação caótica, onde eu escrevo, ela dá opinião, pensamos em algumas soluções juntos. Não há regra, mas é muito bom.
Eduardo Paiva.